O caldeirão da Bombonera, os cinco títulos de Libertadores do Boca Juniors, a torcida do ídolo Diego Maradona. Todos esses ingredientes estarão em campo na próxima quarta, às 21h45min, além do forte time do técnico Miguel Russo. Toda essa pressão, entretanto, não assusta o Grêmio. Para o capitão Tcheco, o clima de decisão em Buenos Aires não será maior que o encontrado pelo Tricolor na Vila Belmiro, na segunda partida pelas semifinais.

– Jogador já tem que estar acostumado com esse tipo de pressão. Maior que lá na Vila a gente não vai encontrar, certamente. A mística também não, porque mística por mística, a gente é mais o Pelé. É uma grande final, em que a gente se encontra com um grande clube. Se conquistarmos o título, será um grande orgulho para nós e para os gremistas – afirmou.

Sobre a possibilidade de "amarelar" na Bombonera, o meia salientou que isso é coisa do passado:

– Isso não existe mais no futebol. Acho que antigamente existia um pouco mais isso porque as jogadas eram mais viris, o juiz não tinha muito como equilibrar essa situação. Hoje, há mais punição e o jogador é mais equilibrado. Então, acho que talvez os jogadores amarelavam nesse sentido. Em relação à pressão, essas coisas, hoje em dia isso não passa de uma mística – declarou.

Tcheco disse ainda que o Grêmio não pode nem pensar de armar uma retranca na casa do adversário. O fundamental é voltar vivo para o confronto final no Olímpico:

– Temos que ter nosso sistema defensivo bem equilibrado, bem adequado, mas ao mesmo tempo também temos que ter nossa parte ofensiva, porque, como exemplo do Santos, nós não disputaríamos esse jogo de agora – salientou o capitão, relembrando o gol da classificação de Diego Souza na Vila.

O técnico Mano Menezes comandará um treino na tarde desta segunda. Em seguida, a delegação embarca para Buenos Aires. O time deve estar completo para a partida de quarta com: Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Gavilán, Sandro Goiano, Diego e Tcheco; Carlos Eduardo e Tuta.