| 29/03/2007 13h02min
Os jogadores do Grêmio se reapresentaram aos trabalhos na manhã desta quinta. No encontro, Tcheco, Edmilson e Lúcio deram explicações sobre os ânimos alterados na discussão ocorrida ao final do primeiro tempo do jogo contra o Tolima. Lúcio foi o pivô da briga. O capitão do time exagerou ao reclamar de um erro do lateral-esquerdo, quando o Tolima pressionava em busca do empate. O volante não gostou e saiu em defesa do companheiro. A discussão foi flagrada pela TV e continuou no caminho do vestiário.
– É que tinha cara deles sobrando na área. Teve assim um momento de bobeira. Tivemos que cobrar, sabemos que essa cobrança foi de uma maneira errada tanto minha, quanto do Tcheco e do Lúcio. Normal. Sabemos que dentro do jogo tem hora em que não dá para pedir por favor e sabemos que quem manda dentro do vestiário é o Mano. Ele acertou tudo, resolveu e depois quando voltamos para o segundo tempo mantivemos a tranqüilidade para buscar a vitória. E depois do jogo foi só alegria – declarou Edmilson.
O capitão Tcheco explicou que o nervosismo pela partida influenciou na discussão:
– Isso é comum ocorrer, mas dentro do vestiário onde ninguém vê. Infelizmente ocorreu no final do primeiro tempo na frente de todos, então ficou muito notável, o nervosismo a flor da pele, mas nem tanto por causa do jogo, mais pela pressão de que tínhamos que vencer, estávamos com o resultado na mão. No âmbito de querer acertar de qualquer maneira, às vezes acontece isso – salientou.
Já Lúcio exaltou o papel de Mano Menezes, que conseguiu amenizar a situação e impedir que o ocorrido prejudicasse a equipe em campo:
– Cada um falou, eu falei, o Edmilson, o próprio Tcheco, mas a última palavra é do Mano. Essa é uma cobrança que tem que ter. É uma Libertadores, o carro-chefe da gente este ano. O bom é que ele é um cara compreensivo, além de ser excelente treinador – destacou.
Com o auxílio das fonoaudiólogas Maria Reina Grendene e Ligia Motta, especialistas em leitura labial, foi possível compreender por meio das imagens de TV fragmentos da discussão. As câmeras pegam a altercação pela metade. Lúcio aparece apenas de passagem. Tcheco disse muitos palavrões, e Edmilson respondeu no mesmo nível. As especialistas que analisaram a fita por cerca de 45 minutos relataram uma das poucas frases publicáveis de Edmilson, em um dos momentos mais exaltados:
– Eu não vi, depois falam...
A frase foi interrompida pela mudança de ângulo da câmera. Na seqüência, bastante alterado, Edmilson continuou com mais palavrões. Só parou de gritar quando o zagueiro William o tranqüilizou:
– Respira, calma, vamos terminar o jogo.
No treino desta tarde, Mano Menezes começa a encaminhar a equipe que encara o Brasil-Pe, às 16h de domingo, no Bento Freitas. O time deve ser o reserva, com exceção de Tuta, que ainda precisa de ritmo de jogo.
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