| 08/11/2006 18h03min
O técnico Marcello Lippi, que deixou a seleção da Itália logo após a conquista da Copa do Mundo deste ano, afirmou que só decidirá seu futuro entre abril e maio de 2007, com vistas à próxima temporada.
– Espero continuar meu trabalho por mais três ou quatro anos. Não sinto falta do futebol por enquanto, e o certo é que não pegarei um bonde andando (em referência a assumir um time ainda nesta temporada). Não farei nada até a metade de 2007 – apontou Lippi.
Há semanas, rumores na imprensa italiana apontaram que Lippi seria o substituto no Barcelona do holandês Frank Rijkaard – que, por sua vez, assumiria o Milan. A negociação faz todo sentido: enquanto Rijkaard encerraria um bem-sucedido ciclo para comandar o time em que brilhou como jogador, Lippi finalmente cumpriria sua vontade de comandar um clube espanhol, e ainda por cima numa cidade banhada pelo mar – onde o italiano poderia utilizar seu barco.
Além disso, o nome de Lippi estaria ligado, ainda que indiretamente, ao caso de manipulação de resultados surgido no fim da temporada passada, já que seu filho, Davide, é representante de jogadores e teve seu nome vinculado ao caso por pertencer à empresa de representação GEA, do filho de Luciano Moggi, investigada por fraude esportiva.
Se comandar um time no exterior, Lippi permitiria que seu filho continuasse atuando como representante de jogadores.
– Sou o único do grupo campeão do mundo que não tem trabalho. Por outro lado, viajo muito e recebo convites de várias federações estrangeiras, pois o futebol italiano goza de uma grande estima. Com a diferença de que antes, como treinador, só via hotéis e estádios, e agora posso visitar também museus e mostras – disse ironicamente Lippi sobre sua situação atual.
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