| 10/04/2002 07h30min
Um atentado suicida num ônibus deixou pelo menos 10 mortos e 20 feridos na região de Haifa, norte de Israel, nesta quarta-feira, dia 10. O grupo radical Hamas assumiu a autoria do atentado em um comunicado divulgado pela rede de televisão Al-Jazeera, do Qatar. O movimento tinha prometido desencadear uma resposta sem precedentes às ações militares israelenses em territórios palestinos.
No último dia 31, um ataque suicida já havia matado 14 pessoas em Haifa, quando um terrorista detonou explosivos amarrados ao corpo dentro de um restaurante lotado. As Brigadas Izzedin Al-Qassam, ligadas ao Hamas, assumiram responsabilidade pelo ataque. Segundo um oficial israelense, o líder palestino Yasser Arafat é o responsável pelo ataque suicida desta quarta. Ele destacou que o ato prova que Arafat não faz nada contra o terrorismo.
Nesta madrugada, caças F-16 e helicópteros israelenses bombardearam a cidade de Nablus e campos de refugiados palestinos próximos. Dez mísseis foram lançados, acompanhados por disparos de artilharia. Não há informações sobre o número de vítimas. O exército israelense explodiu ainda hoje várias granadas perto da igreja da Natividade, em Belém. Tropas e tanques israelenses também ocuparam nesta manhã a localidade de palestina de Al Samu, sul de Hebron, na Cisjordânia.
Nesta terça-feira, dia 9, militantes palestinos mataram pelo menos 13 soldados israelenses da reserva em uma emboscada no campo de refugiados de Jenin. Outros sete soldados ficaram feridos. Os militares entraram a pé na área e acabaram surpreendidos por uma forte explosão. Alguns dos soldados ficaram sepultados sob os escombros de um edifício, enquanto os demais recebiam uma chuva de balas disparadas dos telhados dos prédios vizinhos.
As baixas elevam para 22 o número de militares israelenses mortos desde a última sexta-feira, dia 5, em Jenin. Neste campo de refugiados, transformado em reduto da resistência à ofensiva de Israel, dezenas de mortos e feridos palestinos estão espalhados pelas ruas. As autoridades palestinas estimam que mais de cem militantes morreram em batalhas dentro do campo na última semana.
Depois da emboscada aos soldados, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afirmou que os ataques aos territórios palestinos vão continuar até que seja desmantelada a infra-estrutura das organizações terroristas palestinas.
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