| 29/03/2002 10h42min
O exército de Israel ocupou na madrugada desta sexta-feira, 29 de março, a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e decretou toque de recolher. Cerca de 30 tanques cercaram o escritório da Autoridade Nacional Palestina (ANP), disparando vários tiros. O líder Yasser Arafat estava no interior do prédio, segundo fontes palestinas. Durante a incursão israelense, uma palestina morreu e outras 20 pessoas ficaram feridas. Entre os mortos estão guarda-costas de Arafat.
Hoje, em entrevista coletiva, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, declarou Arafat inimigo de Israel. Sharon prometeu novas e duradouras ações contra os territórios palestinos para erradicar o terrorismo. Acrescentou que 20 mil reservistas já estão sendo convocados para o que chamou de primeira fase de guerra total ao terror. Arafat afirmou que manifestações do premier israelense significam uma declaração de guerra contra o povo palestino. O presidente da ANP garantiu que não vai se render e que se for preciso morrerá como mártir. A ANP pediu intervenção urgente por parte da conferência islâmica para deter Israel.
Treze grupos extremistas palestinos já anunciaram que vão se unir para se defender dos ataques de Israel. O comunicado foi divulgado na Faixa de Gaza e Cisjordânia por integrantes do Hamas. Já a Frente Popular para a Libertação da Palestina anunciou que vai atacar cidadãos israelenses no mundo inteiro, depois da invasão de Ramalah.
Incidentes registrados nesta sexta já deixaram cinco israelenses mortos por disparos de um palestino em um assentamento da cidade de Nablus, na Cisjordânia. O atirador foi morto pelo exército. Em outro atentado, dois israelenses morreram numa colônia da Faixa de Gaza. O atirador palestino conseguiu fugir.
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