| 22/03/2002 18h36min
A economia argentinda sofreu mais um abalo nesta sexta-feira, dia 22 de março, com a desvalorização do peso em 0,65 de moeda em relação ao dólar. A moeda norte-americana fechou o dia em cotação de 3,10 pesos, uma alta de 19,23%. Uma reunião urgente entre banqueiros de Banco Central argentino, às 16h35min, tentou evitar um agravamento da crise, mas já era tarde demais.
Na zona bancária de Buenos Aires, lotada de pessoas ansiosas para colocar suas economias em segurança, circulavam boatos como o de renúncia do ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, e de decretação de novo feriado bancário e cambial. Turbulência semelhante não era vista desde o período entre a queda do presidente Fernando de la Rúa, em 20 de dezembro, e a posse de Ernesto Duhalde, no início deste ano.
Após o fim da conversibilidade, em janeiro, a moeda argentina perdeu quase 70% de seu valor em relação ao dólar. Operadores afirmaram que o Banco Central vendeu dólares a 2,35 pesos para tentar frear a cotação da moeda. O volume da intervenção foi estimado em US$ 80 milhões. O BC também teria pedido aos bancos oficiais (Nación e Província, entre outros) que vendessem dólares abaixo da cotação de mercado, sem conter a escalada da moeda norte-americana.
O real acompanhou a queda na depreciação do peso e desvalorizou 0,85%, em relação à moeda norte-americana, fechando o dia cotado a R$ 2,364. No acumulado do ano, a valorização do dólar em comparação com o real é de 2,07%.
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