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 | 25/02/2002 20h19min

FMI admite risco à democracia, mas não libera dinheiro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu nesta segunda-feira, dia 25, o risco existente para a democracia na Argentina, mas manteve sua postura de não liberar dinheiro ao país neste momento. Segundo a vice-diretora-gerente do Fundo, Anne Krueger, a Argentina ainda precisa avançar nas reformas e aprovar o pacto com as províncias e também o Orçamento para só depois dar início às negociações. 

O presidente argentino Eduardo Duhalde disse esperar que o governo chegue a um acordo com as províncias nesta terça. Em discurso na Província de Santiago del Estero, Duhalde afirmou que as províncias precisam perceber que sairão ganhando se aceitarem reduzir o déficit público de 5 bilhões de pesos em 2001 para 1,5 bilhão de pesos neste ano.

O diretor do FMI para o hemisfério Ocidental, Claudio Loser, reforçou temores da imprensa argentina e do presidente Fernando Henrique Cardoso de que a democracia não sobreviva a um golpe na Argentina nos próximos dias. Em entrevista ao jornal mexicano El Financiero, Loser lembrou que, quando houve crise financeira no Brasil e no México, "a classe política, os governos estaduais e o Legislativo assumiram suas responsabilidades". De acordo com ele, isto não estaria acontecendo na Argentina.

 
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