| 02/12/2008 11h07min
Uma entrada de recursos, que foi capaz de inverter a trajetória do dólar para baixo ontem à tarde, e um segundo dia consecutivo sem oferta de swaps cambiais reversos, hoje. Assim o mercado doméstico de câmbio inicia os negócios desta terça-feira, segundo dia útil de dezembro, esboçando a possibilidade de que o cenário interno reassuma o papel de melhor destino do que o internacional, colocado em dúvida nos últimos tempos. A desvalorização cambial foi uma das piores conseqüências do agravamento da crise internacional no ambiente econômico doméstico, e a perspectiva de maior estabilidade em fluxos e cotações no curto prazo seria alentadora para a remontagem das expectativas para 2009.
No mercado interbancário de câmbio, o primeiro negócio hoje teve o dólar comercial cotado a R$ 2,316, baixa de 0,13% em relação a ontem. Às 10h7min, logo após o início das negociações, o dólar ampliava a baixa para 0,65%, a R$ 2,304.
Porém, depois das consecutivas surpresas
desagradáveis na economia global,
recentemente, os agentes econômicos estão desconfiados e será preciso mais para que esses sinais se transformem em apostas maiores no mercado brasileiro de câmbio, capazes de inverter a tendência de alta das cotações do dólar. Até porque, de fora, continuam chegando notícias ruins. Ontem mesmo, houve dados de contração espalhados pelo mundo, e os EUA admitiram oficialmente que estão em recessão desde o final de 2007.
De qualquer forma, os investidores estarão alertas para eventuais movimentos favoráveis no mercado de câmbio, e a perspectiva é de que os momentos de alívio nas transações com moeda norte-americana se tornem mais freqüentes, embora a sensibilidade ao noticiário negativo permaneça. Ontem, um especialista disse que o ápice da tensão e da volatilidade passou, mas que a liquidez dos negócios ainda não voltou aos níveis habituais. Mostra disso é o volume negociado na segunda-feira, de US$ 1,53 bilhão, compatível com as transações de metade de um pregão nos melhores tempos deste
ano.
Entenda a crise
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