| 26/08/2008 19h38min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, em Gramado, que as novas reservas de petróleo da camada pré-sal representam para o País um novo momento de independência. Num discurso inflamado no XVIII Congresso Brasileiro de Contabilidade, o presidente assegurou que o Brasil não vai exportar óleo cru retirado da camada pré-sal, mas produtos com valor agregado.
— Queremos produzir com valor agregado. Vamos ter refinarias para produzir gasolina premium para exportar para a Europa e para os Estados Unidos. Não vamos ser exportadores de óleo cru — afirmou o presidente, que foi muito aplaudido.
Lula procurou transmitir uma mensagem de que as descobertas do pré-sal serão usadas para desenvolver a economia brasileira.
— Queremos aproveitar esse petróleo para recuperar a indústria naval brasileira — disse.
O presidente disse que será preciso produzir sondas para exploração do petróleo, plataformas e 200
navios. Ele citou que uma única sonda de perfuração custa
US$ 700 milhões e "o Brasil vai ter que produzir 38 delas".
— Eu não sei quantos barris de petróleo nós temos a sete mil metros de profundidade. Eu só sei que é muito mais do que as reservas atuais que o Brasil tem — disse ainda.
Lula lembrou que no próximo dia 2 de setembro vai retirar a primeira quantidade de petróleo do pré-sal, algo como 10 mil a 15 mil barris, no Espírito Santo. Em março de 2009, será a vez do megacampo de Tupi ser explorado.
Otimista, o presidente afirmou que a camada pré-sal vai proporcionar algo fantástico para o país:
— Gerar mais garantias à estabilidade econômica do Brasil.
Na sua avaliação, "as pessoas" vão olhar com mais respeito para o País, vão surgir mais empresas, vai haver mais salários e mais emprego. Para os gaúchos, ele prometeu que a Petrobras vai "colocar alguma coisa no lugar" da plataforma P-53, que deixará o Estado.
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