| 07/06/2008 18h47min
Ainda não há previsão de quando será anunciado o novo comandante-geral da Brigada Militar (BM), de acordo com o secretário de Segurança Pública, José Francisco Mallmann. O cargo ficou vago na tarde deste sábado, quando a governadora Yeda Crusius aceitou a demissão do coronel Nilson Nobre Bueno.
— A decisão sobre o novo ocupante será tomada com calma. Ainda não me sentei com a governadora para definir este assunto. Não há prazo para fechar a questão — disse o secretário Mallmann.
Segundo ele, Bueno decidiu pedir demissão do posto após saber que a 2ª Auditoria da Justiça Militar acolheu uma denúncia contra ele. A acusação é de que ele teria usado indevidamente diárias em viagens feitas entre Porto Alegre e Santo Ângelo.
— Ele (Bueno) quer liberar o governo destas denúncias, ter mais tempo para se defender — explica Mallmann.
Segundo informações da Rádio Gaúcha, Bueno ainda é acusado por estelionato, falsidade ideológica
e prevaricação. No último dia 2, a Justiça
Militar havia solicitado o afastamento de Bueno à governadora. No documento, é dito que ele sobrepôs interesses privados ao público e que manter Bueno como comandante-geral causaria sensação de constrangimento aos subalternos. O interrogatório de Bueno está marcado para o dia 12 de junho, às 8h30min (veja ao lado).
Bueno não foi encontrado pela reportagem. Em seu lugar, o posto será ocupado interinamente pelo coronel Paulo Roberto Mendes, subcomandante-geral da BM, que é cotado para ser efetivado no cargo.
Mallmann disse que Bueno quer liberar o governo e ter mais tempo para se defender das denúncias que pesam sobre ele
Foto:
Fernando Gomes
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