| 09/04/2008 13h49min
O diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Paulo Lacerda, defendeu nesta quarta-feira o sigilo das despesas da presidência da República.
— O sigilo é absolutamente necessário. Essa é a nossa necessidade. Não podemos ficar expostos a uma situação que possa causar algum tipo de ameaça ao presidente, ao vice ou aos seus familiares. Há que se ter rigor — disse na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Cartões Corporativos, alegando que o sigilo é necessário para evitar acesso à rotina e a lugares onde são comprados alimentos, bebidas e objetos usados pelo presidente: — É preciso ter uma preocupação com quem vende esses produtos, saber se a pessoa é confiável para fornecer.
A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), lembrou que a declaração de Lacerda é contrária à do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix. Ele disse ontem à CPI que nem todos os gastos da presidência são sigilosos.
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Comprar uma garrafa de vinho não é uma
questão de segurança. Comprar material de piscina também não é questão de segurança nacional. Uma vez na vida, comprar uma maquiagem, pelo amor de Deus, não dá para explicar à sociedade que isso seja de segurança nacional — reclamou a senadora.
Lacerda rebateu, dizendo que a cautela é "necessária, sim". Ele afirmou ainda que na Abin, no ano passado, os gastos sigilosos representaram 16,9%, ou R$ 11 milhões do total de R$ 69 milhões.
Paulo Lacerda falou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Cartões Corporativos
Foto:
Fábio Rodrigues Pozzebom, ABr
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