| 08/04/2008 18h29min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas à oposição durante reunião hoje com a bancada do PDT no Senado.
— A oposição não sabe o que quer e está transformando um banco de dados em dossiê — disse Lula, segundo relato do senador Osmar Dias (PDT-AM).
Ao fazer queixas ao comportamento do PSDB e DEM, o presidente se referia à iniciativa dos dois partidos de criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva no Senado para investigar gastos com cartões corporativos e reforçou a versão da base aliada, para quem o suposto dossiê teria sido montado fora do Planalto.
Na conversa, Lula explicou que a Polícia Federal não poderá investigar a montagem do banco de dados, como defende a oposição.
— Seria investigar um servidor público, que está cumprindo com suas obrigações — continuou o presidente.
Osmar Dias disse que Lula reafirmou também a posição que vem sendo defendida pelos parlamentares
aliados, segundo a qual, por questão de segurança, os gastos da
Presidência da República são sigilosos.
Para justificar a montagem do banco de dados, o presidente disse ter sido feito para controle do governo e da própria CPI dos cartões corporativos.
Ele lembrou que os dados abrangem todos os ministérios e citou que os gastos do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan estão sendo coletados, como também do atual titular da pasta, ministro Guido Mantega.
O requerimento de criação da CPI será lido hoje no plenário. Pela correlação de forças no Senado, a CPI continuará sendo dominada pela base aliada e a oposição não terá condições de aprofundar as investigações, a exemplo do que acontece na CPI que apura irregularidades nas ONGs.
A CPI dos cartões corporativos será integrada por 11 senadores: a base aliada deve ter 8 senadores, a oposição 3, no caso de o PDT ficar alinhado com o Planalto. Desse modo, a conversa com o PDT foi considerada importante e os senadores saíram satisfeitos do encontro com
Lula.
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