| 21/02/2008 11h23min
A Defesa Civil dos municípios de Itajaí, no Litoral Norte, e Criciúma, no Sul de Santa Catarina, contabiliza os prejuízos com as fortes chuvas que atingiram estas regiões na quarta-feira.
Em Itajaí, moradores de algumas ruas dos bairros Promorar, Rio Bonito, Itaipava, Centro e Fazenda fazem a limpeza das casas, que na quarta chegaram a ficar alagadas depois da chuva que caiu por cerca de 45 minutos durante a noite.
No Morro do Bem-Te-Vi, algumas residências foram atingidas por desmoronamentos de terra e há família desabrigadas. Na Rua Eugênio Müller, no Centro da cidade, há uma residência em risco e, no bairro Promorar, uma casa desabou.
Funcionários da Defesa Civil estão nos locais fazendo a avaliação da situação.
Criciúma foi o município mais atingido
Em Criciúma, técnicos também estão avaliando os problemas com a chuva e o vento forte durante a tarde de quarta. Não há mais
registros de alagamentos, que chegaram a ocorrer durante a tarde em ruas no
Centro, mas residências foram danificadas no distrito de Rio Maina.
Segundo o coordenador da Defesa Civil no município, Mauro Sonego, cerca de uma centena de casas foi atingida, mas a maioria sofreu danos em poucas telhas. Aproximadamente dez casas sofreram destelhamento maior, e duas famílias ficaram desalojadas e precisaram ser levadas para casa de parentes. Os técnicos estão avaliando a situação das residências.
Também no Rio Maina, três aroeiras de 12 metros de altura foram derrubadas pelas forças dos ventos e destruíram a cobertura de uma ala da Escola Básica Luiz Lazzarin, que atende a 650 alunos. Não havia alunos no local no momento da queda.
De acordo com a diretora Rosália Simeano de Amorim, as aulas foram suspensas durante esta semana porque a rede elétrica foi comprometida. Na segunda-feira, elas serão retomadas de forma improvisada, com a ocupação do espaço usado para o laboratório de artes, já que as salas atingidas estarão em
reformas. Engenheiros e técnicos da
Secretaria de Desenvolvimento Regional já estiveram no local para fazer a avaliação dos estragos.
Outro colégio atingido, a Escola Básica Padre Miguel Giacca, que tem 1,2 mil alunos, também suspendeu as aulas pelo comprometimento da rede elétrica. Uma ala que atendia alunos Ensino Fundamental e que já tinha o forro comprometido pela ação de cupins acabou totalmente danificada pelo temporal.
De acordo com a assessora da direção Rosimeri Martinelli Comin, a escola já necessitava de reformas, mas dependia da liberação de recursos. Diante do problema, as reformas serão realizadas com recursos obtidos em caráter emergencial.
Devido aos fortes ventos, a água da chuva também chegou a entrar por portas e janelas na Policlínica do Rio Maina, mas não foi preciso suspender o atendimento à população, segundo Sonego.
Outro prejuízo ocorreu com a queda do telhado de uma estofaria sobre dois carros. O dia também foi de reconstrução para o
comerciante Clésio Colombo, 41 anos. A cobertura do
seu estabelecimento foi arrancada pelos fortes ventos, e três funcionários trabalham para reparar os danos, que provocaram um prejuízo de R$ 1,5 mil.
Segundo o diretor Estadual da Defesa Civil, capitão Márcio Luis Alves, o município não deve decretar situação de emergência.
Três árvores foram arrancadas do solo devido à força do vento e caíram sobre o telhado da escola Luiz Lazzarin, no Rio Maina, em Criciúma
Foto:
Cristiano Rigo Dalcin
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