| 19/12/2007 10h54min
As obras externas na Catedral Metropolitana de Florianópolis podem avançar até o segundo semestre de 2008.
Impasses junto a órgãos como o Instituto de Patrimônio Urbano de Florianópolis (Ipuf), tempo chuvoso e exigência de tratamento mais especializado em partes do prédio são alguns dos motivos para o atraso da reinauguração, que estava prevista para ocorrer em 17 de fevereiro, Dia de Nossa Senhora do Desterro.
Além disso, trabalhos como a restauração das paredes e altares internos, por exemplo, dependem de recursos a serem captados através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Se houver captação de verba junto às empresas, a previsão é de que 90% de todo o trabalho de restauração da igreja esteja pronto até o final de 2008.
Com as portas abertas ao público, a igreja enfrenta agora a fase mais delicada em termos de segurança para os homens que trabalham em sua restauração: os reparos das torres, com cerca de 60 metros. As paredes laterais estão
quase concluídas. O projeto prevê a
demolição de um anexo para que os vitrais possam ganhar mais luz e serem melhor apreciados de dentro do prédio.
O engenheiro Wilson Braga, responsável pelas obras, explica que o tempo chuvoso retardou o trabalho. Após receberem a tinta, as paredes não podem ficar úmidas. São necessários três dias de sol e tempo limpo para a tinta ser fixada.
— Se o tempo correr bom, em fevereiro estaremos com a parte externa pintada. Nossa expectativa é de que a primeira fase (externa) esteja concluída até junho — diz Braga.
O telhado, um dos setores que mais preocupava, já foi recuperado em 2005. Os pombos continuam sendo um problema. Está prevista a colocação de armadilhas para que as aves, que causam doenças às pessoas e danificam as pinturas, sejam afastadas do local.
A escadaria da Catedral vai ganhar novo visual. Serão construídas rampas de acesso para cadeirantes e colocados corrimãos. As pedras do calçamento do largo também vão
ser modificadas. Mas isso tudo depende da
aprovação do Ipuf. Os técnicos, que relutam diante de algumas sugestões, querem deixar a igreja mais próxima do que é hoje.
As obras na Catedral Metropolitana de Florianópolis consumiram R$ 3,2 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (Fundosocial) do governo do Estado de Santa Catarina. Os trabalhos começaram em agosto de 2005, depois que estudos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontaram risco de desabamento. O fechamento da igreja deu-se em fevereiro de 2005, e em dezembro do ano passado as portas foram reabertas ao público. O custo total do trabalho, inicialmente estimado em quatro anos, é de cerca de R$ 11,5 milhões.
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