| 24/09/2007 14h05min
O Serviço de Administração Judiciária de Mônaco informou nesta segunda-feira que espera dar até a segunda quinzena de novembro uma resposta sobre o pedido de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, detido no principado desde 15 de setembro. O ministro da Justiça, Tarso Genro, se reuniu hoje com o diretor do Serviço, Philippe Narmino, e com a procuradora-geral Annie Brunet-Fuster, para discutir o caso e entregar documentos.
Tarso entregou uma cópia traduzida da denúncia do Ministério Público contra Cacciola, dois mandados de prisão, reproduções de documentos de identidade do ex-banqueiro e textos da legislação brasileira que dão suporte à sua condenação a 13 anos de prisão.
Após o encontro, Narmino se disse satisfeito com a visita do ministro brasileiro e ressaltou que continua aguardando os últimos documentos necessários para a formalização do pedido de extradição. Segundo ele, ainda faltam a sentença - um documento de 552 páginas que ainda está em fase de
tradução para o francês e
que deve ser entregue até o início de outubro - e um documento comprobatório de que o mandado de prisão pedido pela Justiça brasileira em 2000 continua válido.
Brasil e Mônaco não têm um tratado de extradição, mas o impasse diplomático pode ser resolvido com um "acordo de reciprocidade", no qual o governo brasileiro se comprometeria a agir da mesma forma em caso de prisão de foragidos monegascos em seu território.
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