Organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro, a Feira do Livro de Porto Alegre, uma das mais antigas do país, é hoje o maior evento do gênero na América Latina. Referência obrigatória da história do Rio Grande do Sul, a Feira teve sua primeira edição em 1955, por iniciativa de Say Marques, então diretor do extinto jornal Diário de Notícias. Ao voltar do Rio de Janeiro, onde se realizara uma feira em plena Cinelândia, o jornalista conclamou a intelectualidade gaúcha. Vários nomes aderiram ao desafio de levar o livro à população com descontos atrativos, como Maurício Rosemblat, Leopoldo Fernando Boeck, Ernani da Costa Nerva, Ruy Diniz Neto e Mário de Almeida Lima. O local escolhido, primavera plena, foi a Praça da Alfândega, local público e de fácil acesso, possibilitando um evento sem cobrança de ingresso ou taxas especiais.
Quatorze barracas marcaram a primeira edição da Feira e logo surgiu a figura do xerife: Ernani da Costa Nerva marcava o início e o final dos trabalhos com palmas até finalmente conseguir uma sineta, emprestada pelo Colégio Nossa Senhora das Dores. Nos anos seguintes, surgiram as sessões de autógrafos, os balaios e caixas de ofertas, as vendas a crédito e a comercialização de livros usados. Logo foram criadas as áreas infantil e internacional e a praça de alimentação, tornando a Feira do Livro uma grande festa popular. Com a instauração de uma programação cultural paralela -que cresce, como a Feira, ano a ano -, a infra-estrutura passou a incorporar a cobertura de lona que protege público e feirantes.
A um ano de comemorar seu cinqüentenário, a Feira é hoje ponto de convergência cultural do Estado, projeta Porto Alegre nacional e internacionalmente e traz dividendos à economia da cidade - não somente para o setor livreiro, mas para os transportes, restaurantes, hotéis e o grande número de empresas envolvidas nas instalações, montagem e segurança.Batendo sucessivos recordes de visitação e de vendas, a edição da Feira de 2002 contou com um público de 1,7 milhão de pessoas, que compram 510 mil volumes em 143 estandes. Com 622 sessões de autógrafos, a Feira também ofereceu 146 espetáculos e 125 seminários, mesas-redondas e debates, além da presença de 257 escritores e intelectuais gaúchos, 91 de outros Estados e 27 vindos do Exterior.
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