A Associação dos Caprinocultores do Rio Grande do Sul (Caprisul) realizou na tarde deste sábado, dia 4, o II Dia do Caprinocultor, durante a Expointer, em Esteio (RS). A segunda edição do evento teve o objetivo de mostrar os prós e contras da criação de animais e da produção.

– Nesta Expointer, nós percebemos um grande número de pequenos produtores buscando informações sobre manejo e dicas para a comercialização da carne e derivados do leite – disse a presidente da Caprisul, Vera Maria Poncian.

A criação de caprinos está se aprimorando cada vez mais, investindo em melhoramento genético e seleção de matrizes. Da mesma forma, os produtos derivados do leite apresentam uma ampliação de mercado, disponibilizando desde o leite UHT até cosméticos, como sabonetes e xampus.

O leite ainda é o produto mais encontrado no mercado, seguido dos queijos.

– A principal barreira ainda é o preconceito com o sabor dos produtos caprinos, que desaparece quando o consumidor experimenta os queijos e o leite – ressaltou Andrea Polidori Célia, mestranda do Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócio (CEPAN), da UFRGS e uma das palestrantes do evento.

Andrea apresentou dados da pesquisa realizada pelo CEPAN sobre a comercialização de produtos caprinos no Rio Grande do Sul. De acordo ela, todos os produtos têm excelente aceitação pelo público; o que prejudica o crescimento da cadeia é a inconstância da oferta dos produtos.

– Durante os meses em que fizemos as pesquisas, apenas o leite UHT foi oferecido com maior frequência. Os demais não são encontrados sempre, quando não são colocados em lugares que desfavorecem a venda – avaliou a pesquisadora.

A programação do II Dia do Caprinocultor ainda destacou a inseminação de caprinos, ministrado por Arthur Fischer, e a suplementação alimentar para os animais, ministrada pela produtora Maria Regina Flores, proprietária da Cabanha Sepé Tiaraju, de Farroupilha, que possui o maior rebanho leiteiro do Estado e detém o título de maior produtora de leite caprino do Brasil.