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 | 13/10/2009 19h53min

Indústria alimentícia se une para negociar com supermercados

Expectativa é de que associação dos fornecedores seja criada oficialmente em vinte dias

Atualizada às 21h17min Mariane De Luca | São Paulo (SP)

Uma situação que já ficou comum em diversos setores: o preço cai para o produtor, mas o repasse não chega ao consumidor final. Para o conselheiro da abitrigo, Lawrence Pih, a explicação pode não estar apenas na margem de lucro dos supermercados.

O empresário admite que as indústrias de trigo tentam fugir das grandes redes, principalmente pelas condições contratuais que são impostas.

A relação difícil entre fornecedores e varejo não ocorre somente no trigo. No caso do café, os supermercados respondem por 65 por cento da distribuição. O diretor da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herskowicz, explica que a dificuldade em negociar com as redes varejistas é ainda maior para as pequenas e micro empresas, que representam 97% do setor cafeeiro.

O desafio, portanto, é melhorar esta negociação, entre a indústria de alimentos e quem vende ao consumidor final. Por isso, vinte entidades do setor decidiram criara Associação Nacional dos Fornecedores do Varejo. A proposta partiu de empresários do Paraná, liderados pelo presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar. Segundo ele, a primeira tarefa da nova associação vai ser avaliar a legitimidade dos contratos firmados entre indústrias e redes varejistas e, se possível, decretar o fim deste tipo de acordo.

A expectativa é de que associação dos fornecedores seja criada oficialmente em vinte dias. O estatuto já esta em fase final. A Abic, do setor do café, e a Abima, que reúne os fabricantes de massas, são duas das associações convidadas a participar. Apesar de ainda não terem decidido se vão se juntar ao grupo, os empresários apóiam a iniciativa.

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