| 01/10/2009 17h58min
A ausência de três assinaturas enterrou o esforço da oposição de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o repasse de recursos federais ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). O requerimento para a instalação da CPI foi lido nesta quarta, dia 30, no plenário do Congresso Nacional.
Denúncias publicadas na imprensa afirmam que em quatro anos, entidades ligadas ao movimento teriam recebido R$ 43 milhões em recursos públicos. Esse dinheiro estaria financiando manifestações e invasão de terras. Porém, o regimento do Congresso prevê que os parlamentares poderiam retirar ou incluir o apoio à comissão, depois da leitura do requerimento. Eram necessários no mínimo 27 assinaturas no senado e 171 na Câmara. Com os arranjos de última hora, ficaram faltando três assinaturas de deputados e o pedido foi arquivado.
— Meu sentimento é que era uma CPI totalmente desnecessária, nos parecia evidente que seria uma CPI para tentar criminalizar um movimento que é o MST. Nós já tivemos várias CPIs pra investigar essa questão e nada foi encontrado — disse a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).
Entretanto, parlamentares descontentes com o arquivamento ensaiam um contra-ataque. Se forem colhidas novas assinaturas, poderá ser feito outro pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar o MST.
— Olha, nesta Casa aqui pode tudo se os deputados quiserem. Como ficaram faltando apenas três assinaturas, eles podem perfeitamente sensibilizar. Aqui não há nenhum componente ideológico, nenhuma questão partidária, mas nós queremos esclarecer a verdade — concluiu o deputado Homero Pereira (PR-MT).
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