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 | 15/09/2009 09h56min

Analistas avaliam que impacto da crise internacional no Brasil não foi tão forte quanto o imaginado

Apesar da queda na atividade econômica nos primeiros meses de recessão, segundo trimestre de 2009 foi de recuperação

No Brasil, a crise internacional não chegou a ser a marolinha prevista pelo presidente Lula. Mas depois do susto inicial, a conclusão de boa parte dos analistas é que a turbulência também não foi tão forte quanto se imaginava. A atividade econômica teve uma forte queda no fim do ano passado e nos primeiros meses deste ano. Mas já no segundo trimestre, a recuperação começou.

A crise atingiu de imediato o mercado financeiro e passou para a economia real. A instabilidade econômica afetou a oferta de crédito e levou empresas a reverem planos de investimento. Além disso, a confiança dos consumidores e empresários caiu e a economia diminuiu o ritmo, principalmente na indústria.

O Brasil perdeu quase 800 mil empregos entre novembro de 2008 e janeiro deste ano. Como o comércio sofreu menos, o governo apostou na demanda interna para reativar a economia. Ele lançou um pacote que reduziu impostos de setores importantes, como veículos e eletrodomésticos, baixou a taxa de juros e fortaleceu a participação dos bancos públicos no mercado. A economia se recuperou e deixou a recessão. No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,9% em relação ao primeiro.

O Ministério do Trabalho registra saldo positivo de empregos desde fevereiro. A produção industrial também voltou a subir. Segundo consultorias como a Serasa, o crédito para pessoa física já voltou ao nível de antes da crise. A queda nos pedidos de falência e recuperação judicial indicam que o financiamento para empresas também volta à normalidade. Mas a atividade da economia ainda está menor que a do ano passado. Por isso, o próprio Banco Central recomenda cautela. A arrecadação de impostos diminuiu e existe a preocupação com as contas do governo depois das medidas de emergência.

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