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 | 14/09/2009 09h01min

Venda de máquinas alavanca abertura de novas vagas de emprego

Estímulo à compra de tratores e colheitadeiras para agricultura familiar e empresarial faz indústria projetar mais trabalho

Condições facilitadas na compra de máquinas agrícolas e cenário positivo para a safra 2009/2010 estão renovando o ânimo de produtores e levando fabricantes a rever projeções. A expectativa agora é até ultrapassar o recorde de 43,4 mil unidades vendidas em 2008. Indústrias projetam recontratar parte da mão de obra dispensada entre o final de 2008 o início deste ano.

Sustentada até junho pelo programa Mais Alimentos, voltado a máquinas menores para a agricultura familiar, a indústria ganhou novo impulso com o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que baixou para 4,5% os juros na compra de equipamentos pela agriculta empresarial. Com previsão de acabar em dezembro, o estímulo leva produtores a correr para fechar negócios em concessionárias como a Agrofel, da New Holland, em Passo Fundo, norte do Rio Grande do Sul.

– Dobrou a procura de tratores e colheitadeiras (em relação ao ano passado) por causa desse financiamento. Agora, esperamos que as vendas se confirmem, já que o negócio depende da aprovação do financiamento – explica o gerente, Marcelo Paludo.

É para atender a essa demanda, explica o diretor comercial da New Holland, Luiz Feijó, que a empresa planeja reprogramar a produção e aumentar o quadro, após 700 demissões desde dezembro.

– Há intenção de fazer uma reestruturação para contratar mais gente. Para já – afirma Feijó, sem quantificar.

Há otimismo também na Massey Fergusson, com fábricas de tratores em Canoas e de colheitadeiras em Santa Rosa, noroeste do Estado. A AGCO, controladora da marca, demitiu cerca de 630 pessoas no RS.

– Estamos em revisão de volumes, e a tendência para novas contratações é positiva – adianta Fábio Piltcher, diretor de marketing da Massey Ferguson, ressalvando que pleno emprego ainda depende de exportações.

Os fabricantes, que no início do ano temiam queda de 15% em tratores, agora pensam em recuperação.

– Não há porque pensar em um número menor (em relação a 2008). E igualar 2008 já seria muito bom – avalia Gilberto Zago, vice-presidente de máquinas agrícolas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), referindo-se às vendas atoladas pela crise.

Na John Deere, que produz tratores na cidade gaúcha de Montenegro e colheitadeiras em Horizontina, também no noroeste do Estado, há mais cautela. Depois de dispensar 740 funcionários, a empresa ainda não fala em recolocações, mas projeta mais vendas de tratores. E torce pela prorrogação da redução de juro, que traciona o mercado de colheitadeiras.

– Seria excelente. Não só para a indústria, mas para toda a cadeia – avisa o diretor comercial da John Deere, Werner Santos.

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