| 01/09/2009 19h09min
Apesar do aumento da derrubada da floresta em julho deste ano, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta terça, dia 1º, em Brasília, que o desmatamento na Amazônia caiu entre agosto de 2008 e julho deste ano. O Pará foi o estado com maior área desmatada.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no acumulado do ano, houve redução de 46% do desmatamento no bioma amazônico. Nos cálculos do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a queda na devastação da floresta foi maior, 65%, no mesmo período. Em julho, 836 quilômetros quadrados da região foram desmatados. No mesmo mês de 2008, a destruição foi de apenas 323 quilômetros quadrados.
Minc explicou que julho de 2008 foi um período atípico, devido as ações do governo no combate ao desmatamento, como a limitação do crédito para proprietários rurais em situação irregular. Para o ministro, a expectativa é de mais redução.
– Ainda é insatisfatório, muito grande, mas nós vamos ter este ano o menor desmatamento dos últimos 21 anos.
Estado com maior área desmatada, o Pará teve 577 quilômetros quadrados devastados. Seguido por Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Maranhão. Com destaque para Mato Grosso que teve a maior queda absoluta no desmatamento, em relação a 2008, com 3,000 quilômetros quadrados.Mesmo com resultados positivos, o ministro voltou a criticar os produtores rurais.
O Inpe fez o primeiro mapeamento de regeneração florestal na Amazônia. Após analisar os Estados de Mato Grosso, Pará e Amapá, verificou que nos últimos 20 anos, 20% da mata foi recuperada. Os pesquisadores vão acompanhar todos os anos quanto de carbono é fixado com a recuperação e quanto se perde em um novo corte.
– Só no Pará e Mato Grosso, o que reflorestou é muito significativo, mas não podemos deitar na rede e soltar foguete – diz o ministro.
CANAL RURAL
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comenta durante coletiva o primeiro relatório de julho do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, que identifica e mapeia áreas desflorestadas na Amazônia Legal utilizando imagens dos satélites CBERS ou Landsat
Foto:
Renato Araújo/ABr