Preços estáveis para o petróleo e também nas commodities agrícolas. O assunto foi abordado durante o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que terminou nesse final de semana, na cidade paulista de Campos do Jordão.

Da máxima de US$ 145 para a mínima de US$ 35 em menos de um ano, hoje o preço do barril do petróleo oscila entre US$ 60 e US$ 70 - um patamar seguro, de acordo com a especialista do setor de energia, doutora em finanças coorporativas e mercado de capitais e professora na Universidade La Sapienza, Rita Laura D’Ecclesia.

A professora não descarta a possibilidade de uma nova bolha, mas afirma que não há motivo para um aumento exagerado nos preços.

– Não há um entendimento sobre como a indústria do petróleo funciona e as pessoas costumam usar conceitos equivocados para dizer que o petróleo vai acabar – explica.

No mercado de soja, a preocupação é com a nova safra dos Estados Unidos. Apesar da perspectiva recorde de produção, há risco de geadas.

– Os estoques nos EUA estão apertados agora. Precisamos de uma safra que atenda a uma ampla demanda – diz o vice-presidente da bolsa de Chicago.

Nas previsões para o chamado mercado de private equity, investimento que é feito diretamente nas empresas, o Brasil aparece com destaque. De acordo com o gestor de recursos Luiz Otavio de Magalhães, o país deve receber 28% dos investimentos estrangeiros nesta modalidade, previstos para a América Latina. Seriam US$ 20 bilhões nos próximos três anos. E o agronegócio vem atraindo os investidores.