| 11/08/2009 18h22min
O Brasil deve começar a produzir em outubro as vacinas contra a nova gripe. O Instituto Butantan confirmou que chegou, nesta terça, dia 11, ao Brasil a cepa do vírus, que é a matéria-prima para elaborar um antídoto eficaz.
O presidente do instituto, Isaias Raw, afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que a cepa do vírus da nova gripe já está no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Com a chegada do material, a expectativa é que a produção de 30 milhões de doses comece em outubro. Mas a vacina só deve estar disponível no início do ano que vem.
– A chegada da cepa é um procedimento regular. Ele tem de ser liberada da alfândega e vai ser! Ninguém vai segurar. E nós vamos começar a produzir os lotes sementes. É em cima dele que nós vamos começar a trabalhar as vacinas – afirmou Raw.
Durante o debate, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou que 77% dos casos atuais de gripe são causados pelo vírus H1N1.
A previsão do Ministério da Saúde é de que o número de casos da nova gripe reduza bastante com o fim do inverno. No entanto, o governo federal promete dar continuidade ao trabalho de prevenção e tratamento da doença.
– A expectativa, seguindo o curso de outros países, é que também, nas próximas semanas, tenha uma diminuição tanto de número de casos e de atendimento por gripe, qualquer gripe, como em especial de casos graves – afirma o diretor de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.
O diretor do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, David Uip, destaca que as regiões Sul e Sudeste, com maior concentração da doença, possuem três características: inverno rigoroso, fronteira com países vizinhos e grande quantidade de viajantes. Por isso, ele acha que a chegada do verão não deve ser o suficiente.
– A situação mais eficaz de prevenção é a vacina. Então a grande expectativa é realmente à resposta da vacina que deve estar no Brasil em dezembro – diz.
CANAL RURAL
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participa no plenário da Câmara dos Deputados, de debate sobre as medidas de combate à influenza A (H1N1)
Foto:
Roosewelt Pinheiro/ABr