| 10/08/2009 15h38min
O aproveitamento da nova cota Hilton pelo Brasil exigirá um aumento de 715% das exportações de carne para a União Europeia. O cálculo é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim semanal divulgado nesta segunda, dia 10.
Os técnicos lembram que a cota Hilton foi criada com o intuito de minimizar as distorções geradas pela sobretaxação da carne brasileira exportada para a União Europeia (UE) e que até pouco tempo estabelecia o direito de o Brasil exportar cinco mil toneladas de carne com uma taxa de importação de 20%.
Com a entrada de Romênia e Bulgária na comunidade europeia, a cota do Brasil dobrou e neste ano-cota, iniciado dia 1º de julho, o Brasil terá o direito de exportar 10 mil toneladas.
“A notícia é animadora, mas ainda temos muito trabalho” avalia o Imea.
O boletim destaca que as reviravoltas sofridas pelo Sisbov dificultaram o ingresso de novas propriedades na exportação, o que resultou no uso de apenas 25% do volume possível no ano-cota passado (2008/2009).
No primeiro semestre desse ano, as exportações para a União Europeia registraram considerável queda comparada com o 1° semestre dos três últimos anos. Neste ano, foram exportados 4,08 milhões de quilos, decréscimo de 65,62% em relação ao ano anterior. A principal queda foi entre 2007 e 2008, quando a União Europeia passou a exigir que o Mapa fizesse a auditoria das propriedades habilitadas para exportar para o bloco.
Com isso, houve uma grande queda em volume (74,37%) e em valor. Hoje, Mato Grosso tem pouco mais de 200 propriedades habilitadas para exportar para o bloco, o que mostra a razão de o Brasil ter conseguido cumprir em apenas 25% a cota Hilton, avalia o boletim.