| 09/08/2009 16h40min
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez, nesta sexta, dia 7, um balanço das prioridades para o setor no segundo semestre de 2009. Otimista, ele considera o cenário para a agricultura bem melhor do que as previsões feitas no fim do ano passado e lembrou que a desvalorização do real superou muito a queda das cotações internacionais, o que estimulou o crescimento da exportação, que foi de 4,5%, nos primeiros quatro meses.
– O saldo continuará positivo em 2009, pois o Brasil é o maior exportador líquido de produtos agrícolas do mundo e o valor das exportações é seis vezes o valor das importações – previu o ministro.
Stephanes espera encontrar uma solução para a correção de erros no Código Florestal que, segundo ele, está levando insegurança às áreas da agricultura consolidada no país. Para ele, todo esforço é para avançar na elaboração de uma proposta que congregue amplo acordo entre os setores produtivo e ambiental e o governo.
O projeto de rastreabilidade do gado no Pará deve estar pronto até o fim do ano. O ministro informou que será a contribuição do ministério para o desmatamento zero, em função do avanço da pecuária. Ele lembrou que tem sido bastante incisivo ao dizer que não é preciso que se derrubem mais árvores na Amazônia para garantir o crescimento da agricultura. Para ele, o país tem áreas suficientes ocupadas por pastagens que podem ser reaproveitadas.
Stephanes disse que decisões terão que ser tomadas para o sucesso na Política Nacional de Fertilizantes. Para ele, o Brasil não pode ser o grande país do agronegócio exportador, um grande fornecedor de alimentos para o mundo, importando mais de 75% dos fertilizantes. Com isso, estrategicamente, precisa se colocar também como um bom produtor. Entre as prioridades do governo estão: a construção de usinas de nitrogenados para a produção de ureia, a exploração das jazidas de fósforo, já em condições, a pesquisa das jazidas em Mato Grosso e um marco regulatório para exploração das jazidas de potássio em Nova Olinda, no Amazonas.
O ministro informou que irá acompanhar a aprovação, até o fim do ano, do Fundo de Catástrofe e a elaboração de uma nova política de crédito, preço e seguro. Vale ressaltar que é só a elaboração, ela não entra em vigor em curto prazo. O fundo vai ter inicialmente um valor de R$ 5 bilhões. A princípio, aporte de recursos do governo, que pode ser via títulos públicos e depois, com os anos, esse fundo vai se sustentar por meio da participação de todos os envolvidos.
Já as regras do plano do governo federal para apoiar a próxima safra foram consideradas adequadas pelo ministro. Para ele, a gestão deve ser feita no sentido de que as decisões, efetivamente, aconteçam em tempo e em volume esperado pelos produtores.