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 | 27/07/2009 21h57min

Impacto da mola sobre Massa pode ser comparado ao de um tiro, diz engenheiro

Especialistas analisaram acidente com o piloto brasileiro em reportagem produzida pelo Jornal Nacional

A peça que se soltou do carro de Rubinho Barrichello, pode ser a que atingiu em cheio Felipe Massa. É uma mola de aço pequena, mas que a uma velocidade de quase 300 Km/h teve um efeito devastador.

– Uma outra forma de pensar isso é imaginar qual seria a altura na qual eu deveria soltar aquela mola de 800 gramas na cabeça do Massa pra gerar o mesmo dano. Seria o equivalente a ir a Nova York, no alto do Empire State Building, pegar a mola e soltar do ponto mais alto sobre a cabeça do Felipe Massa – disse o físico Julio Figueiredo em reportagem exibida pelo Jornal Nacional, da rede Globo, nesta segunda.

Um engenheiro faz outra comparação.

– É praticamente como se o Felipe tivesse sido atingido por um tiro, uma bala – disse Francisco Carlos.

Um vídeo produzido pela equipe Williams de Fórmula-1 mostra que os capacetes hoje são projetados para resistir até mesmo a um tiro. Para aguentar um impacto tão violento, o capacete é um dos itens de segurança do piloto que mais evoluiu. O capacete do final da década de 1970 é feito com fibra de vidro. Um atual é feito com fibra de carbono e resinas de altíssima resistência.

Os modelos atuais pesam e entre 1,25 quilo e 1,8 quilo. Eles têm quatro camadas. Na parte externa, são de resina sobre fibra de carbono. Logo abaixo, há o kevlar, um tecido de plástico ultrarresistente, usado em coletes a prova de balas. Ele é coberto de um material antifogo. E há ainda a proteção de uma camada acolchoada.

A foto tirada logo após o acidente mostra que o capacete de Massa absorveu o impacto da batida e parte dele se desfez. A viseira, feita com material a prova de balas também resistiu. E na imagem é possível ver que ela não se partiu. Mas se soltou, porque o parafuso que a prende no capacete não aguentou o choque. Solta, a viseira atingiu o rosto do piloto e provocou os ferimentos.

Ex-piloto de Fórmula-1 na década de 1970, Alex Dias Ribeiro diz que os itens de segurança melhoraram muito.

– No meu tempo morriam um ou dois pilotos por ano. Um em cada 10 acidentes era fatal. As estatísticas hoje estão em um em 400 – disse.

 

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