| 24/07/2009 09h45min
O Brasil pode se tornar em até três anos o maior consumidor de café, segundo projeção do Escritório Carvalhaes. O país é o líder nas exportações do produto. De acordo com a empresa, os números do mercado interno são positivos, mas os produtores ainda reclamam dos preços. Nesta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entrou no mercado e fez um leilão para compra do produto. Mas, para o Escritório Carvalhaes, a medida ainda é insuficiente para o grão fechar as contas. Os analistas da empresa destacam que o ano que vem é de safra maior.
Desde 2002, a Conab realizava leilões de contratos de opção para o café. Nesta semana, produtores e cooperativas puderam adquirir 20 mil contratos. Com a operação, os agricultores asseguraram a venda ao governo de 2 milhões de sacas de café arábica, equivalente a 120 mil toneladas do produto. Os contratos vencem entre 15 de janeiro e 15 de março de 2010.
Caso todos os cafeicultores decidam negociar a colheita com a Conab, a estatal deve investir R$ 622 milhões.
De acordo com o Escritório Carvalhaes, mesmo com a comercialização, os preços do café ainda não cobrem os custos de produção. O valor atual é considerado baixo para um ano de safra menor. Outro fator que preocupa, segundo os analistas, é a cotação em bolsa.
Como o preço do café vem seguindo o de outras commodities, tem sofrido oscilações. Além disso, a questão cambial tem afetado a rentabilidade, principalmente dos pequenos e médios produtores.
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