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 | 14/07/2009 17h20min

Baixos preços desestimulam vendedores e deixam lento mercado do café

Negócios desaceleraram com ofertas de R$ 240 a R$ 250 por saca de boa qualidade

No início de junho, o mercado cafeeiro apresentou maior liquidez devido à valorização dos futuros de arábica, conforme avaliação do Cepea. Em casos isolados, exportadoras chegaram a negociar em até R$ 280 a saca de 60 kg de café de melhor qualidade.

– No entanto, no decorrer do mês, o cenário baixista limitou a fluidez das comercializações – observa o Cepea.

O desempenho ruim do mercado surpreendeu o setor, uma vez que agentes esperavam que as cotações se elevassem ou, no mínimo, se mantivessem estáveis, devido à aproximação do primeiro leilão de contratos de opções do governo, programado para ocorrer no dia 19 de junho.
   
Até mesmo cafeicultores estiveram afastados do mercado, na expectativa de negociar seus lotes em patamares mais remuneradores. O leilão, no entanto, foi adiado para o dia 15 de julho, o mercado não reagiu e a mudança foi necessária para a troca da especificação do tipo de café a ser comercializado, que não condizia com a oferta do mercado. O tipo 6 peneira 14 acima com 86 defeitos exigido no leilão foi alterado para tipo 6 peneira 13 acima com até 10% de vazamento. Os vencimentos e os preços de exercício das opções não foram alterados. Dessa forma, vendedores mantiveram-se retraídos e as vendas efetivadas envolveram apenas pequenos lotes.
   
As ofertas de compra estiveram entre R$ 240 e R$ 250/sc para o café de boa qualidade, patamares em que somente produtores com maior necessidade de caixa aceitaram negociar. Quanto à colheita, as atividades seguiram em ritmo satisfatório nas principais regiões cafeicultoras do país, apesar da ocorrência de precipitações em todas as áreas. No Sul de Minas, alguns cafezais foram atingidos por chuvas de granizo no final de junho. Os danos, porém, foram pontuais, não afetando grande número de lavouras.

As exportações brasileiras de café bateram recorde na safra 2008/2009 encerrada em junho, com cerca de 31,4 milhões de sacas embarcadas, superando a marca obtida no ciclo 2002/2003, quando o país colheu a maior produção da história e embarcou cerca de 29,5 milhões de sacas.

CEPEA

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