| 09/07/2009 10h16min
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, está nesta quinta, dia 9, em Santiago, no Chile, para pedir aos representantes do governo chileno que seja organizada uma nova missão técnica ao Brasil. O objetivo é habilitar mais frigoríficos para exportação de carne bovina ao outro país. O governo também vai pedir o reconhecimento de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa com vacinação. A retomada das vendas ao mercado chileno é uma preocupação da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec).
A intenção é aumentar de 16 para 41 o número de unidades certificadas. Atualmente, um grupo de oito empresas tem 16 unidades habilitadas a exportar carne bovina in natura para o Chile.
A reabertura do mercado ocorreu no mês de abril, quatro anos depois de o governo chileno suspender a importação do Brasil devido ao aparecimento de focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e Paraná. Apesar disso, a Abiec avalia que a liberação das vendas brasileiras ainda são insignificantes.
O Chile já foi um dos maiores importadores de carne bovina brasileira. Em 2005, os chilenos compraram do Brasil 104,2 mil toneladas, que renderam ao país quase US$ 200 milhões.
Para a Abiec, a retomada das vendas para o Chile é muito importante. Além da proximidade entre os dois países, os chilenos compram cortes dianteiros, menos valorizados por outros países.
Segundo a entidade, o Chile pode ser a alternativa para o escoamento da carne bovina que vem sendo vendida no mercado interno.
Nos primeiros seis meses do ano, as exportações brasileiras somaram 775,47 mil toneladas, uma queda de 29% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em receita, os embarques somaram US$ 1,88 bilhão, uma queda de 25%.
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