O governo acertou com as medidas de estímulo à economia anunciadas nesta semana. É o que afirmam os economistas do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A expectativa é de que o pacote amenize os efeitos da queda nas exportações em alguns segmentos da indústria.

Na última terça, dia 30, o governo manteve os cortes do IPI para automóveis, motos, eletrodomésticos da linha branca, material de construção e caminhões. Também foi mantida a isenção do PIS e Cofins para pão e farinha de trigo, além da redução das taxas de juros para a compra de equipamentos.

Na avaliação do Iedi, as medidas são necessárias para proteger o mercado interno de bens duráveis e preservar a renda real da população de renda mais baixa.

Mas os analistas avaliam que os destaques do pacote estão nas novas medidas do crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o Iedi, o banco teve papel muito importante em manter o financiamento para as empresas durante o período mais grave de retração do crédito.

Dados do instituto mostram que considerando todo o período após o aprofundamento da crise financeira internacional, entre setembro de 2008 e maio de 2009, os empréstimos à indústria tiveram uma evolução maior na comparação com os outros setores.

O aumento para a indústria foi de 6,2%. No setor rural, a alta foi de 3,6%. Já o comércio apresentou uma queda de 3,2%.