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 | 25/06/2009 15h27min

Lula declara disposição para comprar briga pelo agronegócio

Em entrevista ao Canal Rural, o presidente se diz certo sobre decisão relativa à MP da Amazônia

Atualizada às 20h28min

No último dia de prazo para sancionar a Medida Provisória 458, o presidente Luis Inácio Lula da Silva fez declarações importantes em entrevista à jornalista Ana Amélia Lemos. Em Brasília, Lula disse que está seguro sobre sua decisão em relação ao projeto que define a regularização de terras da Amazônia, e que reconhece a existência de brasileiros que vendem ao Exterior uma imagem negativa da produção nacional.

Em uma conversa longa, Lula reforçou que a MP da Amazônia foi aprovada quase que em sua totalidade, e que as emendas que não convierem ao projeto serão simplesmente retiradas.

– O projeto é bom, nós precisamos legalizar a terra da Amazônia, porque com isso nós vamos permitir o zoneamento agroecológico, vamos saber onde plantar cada coisa, onde é a área extrativista, fazer o manejo correto e certificar a madeira, e vamos acabar com a violência no campo – enumerou o presidente, que logo admitiu que a aprovação da MP dará espaço a uma briga internacional.

Mas Lula se disse disposto a abraçar a causa. Quando questionado sobre o conflito criado entre produtores e ambientalistas, ele disse saber da existência de pessoas no Brasil que acenam bandeiras contrárias ao agronegócio, enquanto vendem ao mercado exterior uma imagem negativa da produção agropecuária.

– Eu gosto de ter essa briga, porque muita gente aqui no Brasil se faz de inocente, enquanto presta serviço aos nossos concorrentes externos, que querem disputar conosco a carne, a soja, o etanol – afirmou Lula.

A MP 458 prevê a doação dos terrenos amazônicos de até 100 hectares, a venda por preço simbólico das áreas com até 400 hectares e aquelas acima de 1,5 mil hectares serão negociadas por valor de mercado. No último caso, os posseiros têm 20 anos para pagar.

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