Se para a LDU é uma final de Copa do Mundo, a primeira partida da Recopa, hoje, às 21h50min, no Beira-Rio, significa para o Inter uma espécie de ensaio de luxo para a finalíssima da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, contra o Corinthians. Ou seja, os equatorianos de hoje serão o Corinthians de amanhã.

O discurso público, claro, é outro. Há um pacto no vestiário: superar a LDU recuperará moral e confiança do grupo perante o torcedor, insatisfeito com os 13% de aproveitamento de junho. Os dois empates e três derrotas em cinco jogos mexeram com os jogadores. Até o excelente retrospecto do Inter em decisões é deixado de lado: desde 2006, o time chegou a seis finais e ganhou todas. A ordem é esquecer números e estatísticas.

– O importante é o presente. Até o que você fez ontem não vale mais – afirma Álvaro, um dos zagueiros mais criticados.

Fora de campo, o vice de marketing Jorge Avancini também ganha com a conquista do título. Além da exposição da marca no continente, cria-se a onda de novas associações em direção à marca dos 100 mil. O título gabarita para a próxima Copa Sul-Americana e para a Copa Suruga, no Japão.

Tem mais: com a conquista da Recopa, no Beira-Rio existe a expectativa de o Inter ficar atrás apenas de São Paulo, Santos e Cruzeiro em número de conquistas internacionais, ultrapassando Flamengo e Grêmio.

– Dá moral para tudo, não só para o jogo contra o Corinthians – sintetiza o capitão Guiñazu.

O médico Carlos Poisl garantiu que Sandro, D’Alessandro e Taison participaram do treino fechado de ontem e estarão em campo. O único desfalque para o confronto será Magrão, que se recupera das dores no músculo posterior da coxa direita. Andrezinho será o substituto. Apesar de dar maior atenção à marcação, ele dividirá as funções na armação com D’Alessandro.