Três derrotas em cinco jogos, oito gols sofridos e apenas um feito. Apesar de assustadores, os números do Inter em junho ainda são insuficientes para caracterizar crise técnica, conforme a comissão técnica. A conclusão de Tite e do auxiliar Cléber Xavier é de que o time só jogou mal ao sofrer a goleada de 4 a 0 para o Flamengo. Para o restante, há explicações.

Coube a Xavier analisar cada um dos cinco jogos do mês, quando o proveitamento despencou para 13%, em contraste com os 95,4% de maio. Segundo o auxiliar, apesar das derrotas, o desempenho contra Coritiba e Corinthians não foi de todo ruim.

No Maracanã, sim, tudo saiu errado. A alegação básica é de que o time sentiu a falta de seis titulares. A explicação nova é de que o time ainda está sob impacto da derrota no Pacaembu. Ainda assim, Xavier não julga as críticas demasiadas.

– Não podemos achar que é normal tomar oito gols e fazer apenas um – afirma.

Há, também, explicações de cunho físico e emocional. A sequência de jogos decisivos começa a debilitar os jogadores. Os confrontos contra Flamengo, Coritiba e Corinthians, pela Copa do Brasil, submeteram o grupo a uma tensão acima do normal. As lesões musculares de D’Alessandro e Magrão são consequencia disso. Taison foi vetado antes do jogo no Maracanã devido à suspeita de que sua musculatura também não iria resistir.

Para compensar, optou-se por uma semana de treinamentos mais leves. Também é comemorado o fato de nenhuma viagem estar prevista para os próximos dias.

O jogo contra a LDU, do Equador, quinta-feira, é encarado como um marco na luta pela reabilitação. Cléber Xavier não concorda com quem diz que a Recopa Sul-Americana é uma competição de menor significado.

– Quem fala isso não lembra que o clube mudou seu distintivo em função da conquista da Recopa em 2007.

Em gráfico, conheça a LDU, adversária do Inter na Recopa: