| 17/06/2009 16h12min
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio teve queda de 0,53% no primeiro trimestre de 2009. A partir de outubro do ano passado, quando foram sentidos os efeitos da crise mundial, o setor acumula perda de 2,26%.
Os números constam de levantamento feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em março, a variação do PIB ficou negativa pelo sexto mês consecutivo e fechou em 0,13%.
— Se o PIB continuar neste ritmo, não deverá crescer este ano — alertou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
Segundo a entidade, para que seja alcançado o mesmo valor do ano passado, quando o PIB totalizou R$ 764,6 bilhões, o agronegócio deveria crescer a uma taxa mensal de 0,8%.
— No entanto, crescer nesta taxa mensal é improvável, em um cenário de contração de crédito. Os segmentos mais afetados são os que normalmente demandam mais recursos — afirmou Kátia Abreu.
Segundo a pesquisa da CNA e do Cepea, o quadro foi mais grave no segmento de insumos, que apresentou recuo de 1,16% nos primeiros três meses do ano, fator atribuído ao resultado negativo de 1,88% do setor de insumos agrícolas, que prejudicou também o agronegócio da agricultura, cuja taxa ficou negativa em 0,82%. Já o agronegócio da pecuária teve acréscimo de 0,17%, insuficiente para compensar as perdas na agricultura.
A retração de 0,77% observada na produção primária de janeiro a março também contribuiu para o comportamento do PIB. Novamente, a agricultura puxou o resultado para baixo, com queda de 1,90% nos primeiros três meses deste ano. Já na parte da pecuária, o segmento dentro da porteira teve variação positiva de 0,77% no acumulado de 2009, desempenho considerado modesto se comparado ao crescimento de 3,06% observado no mesmo período do ano passado. Outro setor que apresentou retração foi a da indústria (-0,18%), no qual a pecuária obteve o pior resultado, com variação negativa de 0,94%. O segmento de distribuição teve decréscimo de 0,42%.
AGÊNCIA BRASIL E CNA