| 16/06/2009 09h17min
O Brasil precisa conquistar novos mercados para evitar perdas com a demanda menor por carne bovina, segundo avaliação da Unibusiness Estratégia. Mas os analistas alertam que a falta de integração entre pecuaristas e a indústria é um dos fatores que podem comprometer o acesso aos mercados.
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) revisaram para baixo as estimativas de produção e de consumo mundial. Em abril, foi estimada uma produção mundial de 57,6 milhões de toneladas de carne bovina. Em outubro de 2008, o estimado era 58,9 milhões de toneladas.
Para o Brasil, a projeção foi reduzida de 9,3 milhões para 8,9 milhões de toneladas, e a previsão para o consumo mundial passou de 57,9 milhões de toneladas para 57 milhões.
Para a Unibusiness Estratégia, a queda na demanda internacional, que vem ocorrendo desde 2007, tem efeitos diferentes sobre a indústria e o pecuarista. Segundo a consultoria, os frigoríficos brasileiros ainda sentiram pouco porque caiu também o preço da matéria-prima. Mas, de acordo com os analistas, daqui para frente, a situação pode ficar mais preocupante por causa da queda do dólar, que afeta as exportações.
Já o pecuarista enfrenta mais dificuldades, de acordo com a empresa. Isso porque, se a oferta for mantida, mas a demanda continuar a cair, o produto vai se desvalorizar, o que compromete a rentabilidade.
Para a Unibusiness, a alternativa é abrir mercado para a carne bovina. Pelos cálculos da consultoria, se o Brasil aumentar em 1% a participação internacional, é possível segurar essa desvalorização. Mas, para isso, a consultoria alerta que é preciso maior integração entre pecuaristas e a indústria. Assim, seria possível atender com mais eficiência as exigências dos clientes internacionais.
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