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 | 06/06/2009 17h55min

Brasil quebra tabu e goleia o Uruguai no Centenário

Seleção faz 4 a 0 e encosta no Paraguai na liderança das Eliminatórias

Tabus existem para serem quebrados. Trinta e três anos depois, a Seleção Brasileira voltou a vencer a Uruguai no histórico Estádio Centenário, em Montevidéu. Na tarde deste sábado, o time de Dunga goleou o rival por 4 a 0, em jogo válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa de 2010.

A última vitória brasileira na capital uruguaia havia sido em 1976, ano em que nenhum jogador da atual Seleção sequer havia nascido. Daniel Alves, Juan, Luís Fabiano e Kaká marcaram os gols do Brasil, que chega aos 24 pontos divide a liderança com o Paraguai.

Os cerca de 50 mil torcedores que lotaram o Centenário estavam preparados para a festa. Antes de o jogo começar, muitas provocações. Uma enorme bandeira com os anos 1950 e 2014 foi desfraldada nas arquibancadas. Uma clara referência ao “Maracanazo” e uma previsão para o Mundial que será realizado no Brasil daqui a cinco anos. Mas com a bola rolando, só deu Brasil.

A disputa começou truncada. Apoiada por sua torcida, a seleção uruguaia partiu para o ataque. Mas apesar de toda a pressão, foi o Brasil quem abriu o placar. E no primeiro chute que deu. Daniel Alves arriscou de longe, sem muita pretensão. A bola quicou na pequena área e enganou o goleiro Vieira. Um frango, com a colaboração do péssimo gramado do Centenário. 

O gol diminuiu o ímpeto dos uruguaios. Mas bastaram alguns minutos para que a pressão inicial fosse retomada. Aos 15, Martínez recebeu na frente e tocou para o fundo das redes de Júlio César, mas o auxiliar marcou impedimento e anulou o lance. Aos 19, o mesmo Martínez foi lançado na pequena área, mas Daniel Alves chegou primeiro e afastou para escanteio.

Pressionado, o Brasil recuou. Kaká não conseguiu encaixar o contra-ataque, deixando Luís Fabiano e Robinho isolados na frente. A defesa afastava como podia os cruzamentos, mas a bola batia no meio-campo e voltava. A pressão uruguaia só não deu resultado por causa de Júlio César. Em grande fase, ele fez duas defesas difíceis no primeiro tempo. Luís Fabiano ainda sofreu pênalti claro aos 33, não marcado pelo árbitro.

Na segunda etapa, o Uruguai voltou disposto a descontar a vantagenm. “El Loco” Abreu, ex-Grêmio, entrou no lugar de Pérez. Mas foi novamente o Brasil quem abriu o placar na primeira chance que teve. Em jogada de contra-ataque, Kaká lançou para Elano, que só rolou para Luís Fabiano soltar a bomba: 3 a 0.

Bem postado em campo, o Brasil começou a explorar melhor os espaços. A velocidade de Kaká finalmente apareceu e em pelo menos duas vezes ele deixou Luís Fabiano em condições de marcar. Mas esse panorama só durou até os 20 minutos. O atacante do Sevilla recebeu o segundo cartão amarelo por supostamente simular um pênalti e foi expulso de campo.

Com um homem a mais, o Uruguai partiu para cima. Aí brilhou ainda mais a estrela de Júlio César. O goleiro brasileiro pegou tudo o que foi em gol, em chutes de Abreu, Suarez, Forlán, Cavenagi... Aos 28 minutos, Kaká foi derrubado dentro da área. Ele mesmo cobrou o pênalti e marcou o quarto gol brasileiro. Depois disso, os uruguaios seguiram pressionando até o final, mas a torcida já tomava o rumo de casa.

CLICESPORTES
Gols: Daniel Alves, aos 11, e Juan, aos 35 minutos do primeiro tempo. Luís Fabiano, aos seis, e Kaká, aos 29 do segundo. Cartões amarelos: Valdez e Eguren (U); Luís Fabiano (B). Cartões vermelhos: Maximiliano Pereira (U) e Luís Fabiano (B). Arbitragem: Saúl Laverni, auxiliado por Gustavo Esquivel e Ariel Bustos (trio da Argentina). Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai).
URUGUAI (0) BRASIL (4)
Viera; Maximiliano Pereira, Valdez, Godín e Cáceres; Martínez, Pérez (Sebastián Abreu), Eguren e Álvaro Pereira (Fernandez); Suárez (Cavani) e Forlán. Júlio César; Daniel Alves, Juan, Lúcio e Kleber; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Ramires) e Kaká (Júlio Baptista); Robinho (Josué) e Luís Fabiano.
Técnico: Oscar Tabárez. Técnico: Dunga.

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