| 03/06/2009 13h24min
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, informou hoje que as perdas globais geradas pela crise financeira internacional são da ordem de US$ 4,1 trilhões. Desse total, segundo ele, US$ 2,7 trilhões foram perdas registradas no Estados Unidos; US$ 1,2 trilhão na Europa e US$ 0,1 trilhão no Japão.
Com base nesses números, Meirelles disse que a crise atual é muito maior do que as anteriormente registradas na história recente e destacou que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve ter queda de 1,3% este ano, com o comércio mundial tendo um recuo de 11%, o que tende a gerar impacto nas exportações brasileiras.
O presidente do BC ressaltou ainda que os mercados têm mostrado recentemente uma percepção de que o pior da crise já passou. Ele disse esperar que isso se confirme, mas ressaltou que ainda é prematuro para se chegar a grandes conclusões, já que a economia dos EUA aparentemente terá um processo lento de recuperação.
Em relação ao
Brasil, Meirelles afirmou que o que
diferencia o país nesta crise em relação às anteriores é que desta vez a economia estava com o consumo e os investimentos em alta no momento em que a crise eclodiu. Desta forma, a despeito do impacto da contração de crédito internacional no país, o Brasil se mostrou em melhores condições de enfrentar a crise.
Ele observou ainda que o crescimento dos investimentos permitiu que o Brasil entrasse na crise com o parque industrial modernizado, pronto para crescer. Meirelles destacou também que outro diferencial positivo é que a inflação brasileira está sob controle, dando mais tranquilidade para atravessar esse momento.