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 | 02/06/2009 05h05min

Somem os ingressos reservados para o Inter

Coritiba alega ter vendido o lote na capital paranaense em tempo recorde

O foco da discórdia é um número: 3,4 mil. É o lote de ingressos reservados ao Inter que o Coritiba alega ter vendido na capital paranaense em tempo recorde. Os dirigentes do Inter, oficialmente, concordam. Mas só para não colocar mais fervura no caldeirão do Couto Pereira, já que a vaga à final da Copa do Brasil será decidida lá, no Alto da Glória, amanhã. No Beira-Rio, há desconfiança sobre o verdadeiro número de colorados que estará no estádio.

Segundo informações colhidas pelo vice de administração do Inter, Décio Hartmann, os ingressos teriam sido colocados à venda na bilheteria às 10h de sábado. Uma hora depois, não havia mais bilhetes. Hartmann não coloca em dúvida a comercialização, mas prefere não falar no assunto.

Por via das dúvidas, mediante acordo prévio com a direção do Coritiba, garantiu que o cônsul do clube no Paraná, Herton Luz, comprasse 800 ingressos para colorados. Durante o dia, o Inter recebeu dezenas de e-mails com reclamações de torcedores sem ingressos. Haverá mesmo 3,4 mil colorados a empurrar o time no Couto Pereira?

– Não sei – diz Hartmann. – Mas o borderô é público e controlado pela CBF.

De outro lado, o presidente do Coritiba, Jair Cirilo, adota uma postura de estadista. Disse que chegou a enviar ofício a Vitorio Piffero elogiando o tratamento recebido pelos dirigentes paranaenses em Porto Alegre, mas mudou de ideia ao chegar em casa.

– Nossos torcedores foram atingidos por líquidos de procedência indevida e até cusparadas. Ficamos espremidos nos cerca de mil lugares que nos reservaram no Beira-Rio, mas vamos destinar mais de 3 mil para o Inter – afirma Cirilo.

O Inter, é claro, nega a prática de violência de parte a parte. Cita, para isso, o Juizado Especial Criminal que controla as ocorrências no Beira-Rio e no Olímpico. Durante a vitória por 3 a 1, na última quarta-feira, não houve registros da Brigada Militar.

Os jogadores estão convictos de que o Coritiba vem para cima.

– Temos que esperar o pior. O jogo aqui já teve lances violentos. Assim, perdemos o Nilmar – prevê o lateral-esquedo Marcelo Cordeiro.

– Não sei direito esta história dos ingressos, mas se realmente estiverem tentando reduzir o acessos da nossa torcida, é mais um motivo para a gente lutar pela vitória – avisa Taison.

O vice de futebol Fernando Carvalho resume o sentimento que percorre o Beira-Rio diante das entrevistas de lá e de cá:

– Não vai ser nada diferente do que já enfrentamos na Bombonera, em La Plata ou em Gre-Nal. Se tiver foguetório no hotel, como ouvi falar, tudo bem. Mata-mata é assim mesmo.

ZERO HORA

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