| 27/05/2009 12h40min
Mesmo que o ritmo de aumento seja menor, a taxa de desemprego da população economicamente ativa — que abrange quem está ou quer entrar no mercado de trabalho — subiu pelo quarto mês seguido na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em março, era de 11,7% e em abril, 12,1%. O número de pessoas sem emprego aumentou para 245 mil, 8 mil a mais do que em março. Houve redução de postos de trabalho no comércio e nos serviços domésticos. No entanto, foram criadas vagas na construção civil e no setor de serviços em geral.
O economista do Dieese Eduardo Schneider considera positiva a estabilização do emprego na indústria. Segundo ele, o ajuste dos estoques das empresas já aconteceu e um movimento de contratações pode começar nas próximas semanas:
— Nesta época de crise, temos que olhar muito o estoque para ver quando a coisa vai retomar. Pela sazonalidade típica de maio e junho, a cada ano cresce a ocupação porque começa a se produzir para as vendas de final de ano.
Outro ponto positivo,
segundo o economista, é o aumento da massa de rendimentos da população. Eduardo Schneider explica que é um indicador do poder de compra do mercado interno, essencial para as vendas das empresas que tiveram redução de exportações com o agravamento da crise financeira. A pesquisa é feita por Fundação de Economia e Estatística (FEE), Dieese e Fundação Gaúcha do Trabalho.