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 | 26/05/2009 20h47min

CPI da Petrobras: Renan não descarta acordo com oposição

Líder do PMDB no Senado diz que maioria decidirá sobre comando da comissão

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), sinalizou nesta teçra-feira que ainda há possibilidade de a direção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ser dividida entre governo e oposição. No entanto, Calheiros afirmou que o processo legislativo "caminha pela maioria".

— Criar CPI é direito constitucional, direito da minoria, mas quem vai ser o presidente da comissão é uma decisão que caberá à maioria. O processo legislativo caminha pela maioria — disse o líder.

Numa rápida entrevista coletiva, o líder peemedebista disse ser favorável a um acordo, mesmo sem deixar claro quais seriam os termos desse acordo.

— Defendo e sempre defendi o acordo. Se tivermos um acordo será melhor. Será o menor preço político a se pagar — argumentou Calheiros, acrescentando que a decisão sobre a presidência e relatoria da comissão só será tomada a partir de quarta-feira, após a indicação dos membros. Ele disse ainda que a demora em indicar os membros do PMDB ocorre porque todos estariam interessados em participar das investigações.

— A dificuldade maior é convencer quem não será indicado — afirmou.

Renan descreveu qual seria o perfil ideal do representante peemedebista integrar a CPI da Petrobras:

— É importante que tenhamos na comissão pessoas que representem o partido, que representem a bancada. O PMDB vai cumprir esse objetivo.

Questionado se o PMDB teria lealdade ao governo na comissão Calheiros respondeu:

— (O PMDB tem) lealdade ao país, à Petrobras. É importante que qualquer um que participar dessa comissão, em nome do PMDB ou de qualquer partido, tenha isso em mente — afirmou. Ele negou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja interferindo na decisão dos partidos:

— O presidente nunca teve preocupação com os nomes que serão indicados. Ele disse na conversa (de ontem) que esse era um papel do Congresso e dos partidos. Ele não quer interferir — afirmou Calheiros.

AGÊNCIA BRASIL

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