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 | 26/05/2009 03h29min

Para Autuori, treino é jogo

No trabalho do técnico, quem não se dedica, perde pontos

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Está proibido relaxar até nos treinos do Grêmio. Jadilson que o diga. A sua punição antes do jogo contra o Botafogo virou símbolo do comando de Paulo Autuori. “Um estilo meio obsessivo”, conforme admite o técnico.

Por descumprir orientação no treino de sexta-feira, Jadilson foi excluído da lista para o jogo contra o Botafogo. O ala desistira de perseguir Maxi López, que correu sem marcação. Precisou Makelele fazer a cobertura.

Autuori interrompeu o trabalho e, diante do grupo, criticou a atitude do jogador. Não se limitou a isso. À noite, na concentração, exibiu aos jogadores a imagem do lance. E condenou o desleixo na marcação. Fora dos planos, Jadilson sequer havia ido ao hotel.

No trabalho de Autuori, quem não se dedica, perde pontos. Como ocorreu com Jadilson, cuja punição já terminou. Ontem, ele foi incluído na viagem a Caracas.

– A partir de agora, treino é jogo – resume o meia Tcheco.

O técnico estreante mostrou outras características: prefere preleções curtas, com 15 minutos de duração, no máximo, e não recorre a frases de efeito para mobilizar seus jogadores.

Disse que já passou da fase de motivar o time com recortes de jornais. Fixa-se, apenas, em questões táticas. Detalhista, radiografa o adversário. Em campo, se mostra contemplativo. Mas ouve as informações do auxiliar Rene Weber, que assiste aos jogos da cabina de imprensa. Assim, corrige eventuais problemas de posicionamento.

Em gráfico, conheça o Caracas:
 

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