| 21/05/2009 14h10min
Montagem sobre fotos de Diego Vara e Valdir Friolin
Você já percebeu que com a chegada de Paulo Autuori o Grêmio passou a ter quatro treinadores? É claro que a última palavra será sempre dele. Só com muita maledicência para duvidar da sua autoridade, ainda mais ao analisar o currículo do homem trazido do longínquo Catar com a missão de comandar do profissional ao sub-12 no Olímpico. Mas é fato: as circunstâncias o deixaram cercado por três profissionais que já exerceram a função de técnico em sua plenitude. Senão, vejamos.
O auxiliar imediato, Rene
Weber, comandou o Caxias ainda este ano no Gauchão, até ser substituído pelo ex-zagueiro Argel. Que nem está mais no Centenário, inclusive, mas isso não
vem ao caso. Além dele, há Marcelo Rospide. Depois de dirigir o time por sete jogos, cinco vitórias na Libertadores, empate com o Santos no Olímpico e derrota no Mineirão para o Atlético-MG, fica até esquisito chamar Rospide de interino. Ninguém mais o verá como mero funcionário da comissão técnica.
Para completar, o diretor-executivo Mauro Galvão. Você deve lembrar da imagem de Rospide conversando com Galvão na casamata, apontando para o campo e gesticulando a indicar a movimentação correta dos jogadores. É possível que tenha batido a saudade. O líbero da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 treinou Vasco, Botafogo e Náutico, ente 2003 e 2005. Foram 30 jogos com o Vasco, 19 no Botafogo e três no Náutico. Quem dirige uma equipe profissional por 52 vezes, vamos combinar, tem DNA de treinador.
Como o bom lidera sem necessitar da imposição pela força, e este é o caso de Paulo Autuori, o novo técnico do Grêmio
deve estar à vontade com três da mesma linhagem
ao seu redor. Bem, não será por falta de debate tático que a Libertadores escapará do Grêmio.