| 20/05/2009 18h03min
Os produtores de trigo receberam do governo a garantia de que a Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação do cereal de países de fora do Mercosul não será zerada, mesmo que haja escassez do produto. A informação foi dada pelo ao presidente Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, Rui Polidoro Pinto, que participou, na tarde desta quarta, dia 20, de uma reunião com representantes do Ministério da Agricultura.
Os triticultores temem a queda no preço do produto como aconteceu no ano passado, quando foi permitida a importação de dois milhões de toneladas de fora do Mercosul com isenção de tributo. O governo não descarta uma redução da TEC, mas não no curto prazo.
Mesmo com o aumento de 10% previsto para a produção brasileira de trigo, o país deve ter que importar mais de quatro milhões de toneladas este ano.O exportador tradicional é a Argentina. Entretanto, com a forte quebra de safra, causada principalmente pela seca das últimas décadas, o volume destinado às vendas para o Brasil deve ser reduzido. Diante da hipótese de falta de produto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) chegou a cogitar a hipótese de zerar a TEC para poder importar de outros países, como Estados Unidos e Canadá.
O conselheiro da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), Lawrence Pih, defende esta solução. Segundo ele, é mais vantagem importar o produto do que produzir, uma vez que o subsídio dado ao agricultor nacional fica muito caro. Ele lembra que, enquanto o custo da produção de uma tonelada pela Argentina fica em US$ 100, no Brasil passa de US$ 200.
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