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 | 20/05/2009 09h19min

Produtores não terão prejuízo com fusão entre Sadia e Perdigão, diz ministro

Stephanes acredita que competição no mercado vai continuar

A união da Sadia com a Perdigão na Brasil Foods dificilmente atrapalhará os produtores integrados às companhias no que se refere à questão dos preços de comercialização dos produtos, na opinião do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

– Não acredito numa disputa por preço. Sadia e Perdigão são empresas com integração muito forte com os produtores – acrescentou.

Stephanes considerou positiva a fusão das duas empresas. Na avaliação do ministro, apesar da concentração de 40% do mercado com a união das duas companhias, o restante do segmento é bastante pulverizado.

– A competição vai continuar – previu, citando como exemplo a Aurora, uma grande cooperativa que concorre com as duas companhias e é formada por 450 mil associados.

Questionado a respeito da possibilidade de ocorrer com a Brasil Foods o mesmo que foi verificado com a Ambev (empresa do setor de bebidas formada inicialmente por duas companhias nacionais, mas que acabou sendo adquirida em grande parte por uma empresa belga), Stephanes negou taxativamente.

– O espírito do homem rural, da empresa rural, é outra coisa – comparou o ministro.

Sobre o impacto da fusão para o consumidor brasileiro, os executivos da Perdigão e da Sadia reforçaram nessa terça que as marcas e os produtos das duas companhias serão mantidas no mercado. Segundo o presidente da Perdigão, Nildemar Secches, a Brasil Foods será apenas um nome institucional e continuarão a ser apresentados os produtos Sadia, Perdigão, Batavo e Qualy, por exemplo. No mercado internacional, porém, a Brasil Foods fará um estudo com o objetivo de selecionar as marcas de maior aceitação e assim mantê-las.

Os executivos também negaram que a fusão resulte em prejuízos ao consumidor. O presidente do grupo Sadia, Luiz Fernando Furlan, disse que a empresa pretende repassar parte das sinergias para o bolso do consumidor.

– O objetivo da fusão é melhorar a competitividade e, automaticamente, ter preços melhores – reforçou Secches.

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