| 19/05/2009 18h50min
As dores sentidas pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, são comuns nas pessoas submetidas a tratamento de câncer linfático, segundo especialista do Instituto de Câncer de São Paulo. Saiba mais sobre a luta da ministra contra a doença:
— Às vezes o paciente apresenta dor mesmo. As drogas mais usadas em linfoma, como o corticoide, podem causar miopatia — explicou a hematologista Juliana Pereira, coordenadora do Ambulatório de Onco-Hematologia do instituto.
A miopatia, segundo ela, consiste em "fadiga muscular associada à fraqueza muscular, sensação de peso na musculatura e dor".
Juliana ressaltou que as reações ao tratamento variam de paciente para paciente e não é possível identificá-las previamente.
— Tenho um paciente que faz quimioterapia e vai trabalhar no mesmo dia. Outros não aguentam, vão para casa e ficam mal de três a quatro dias — afirmou.
— Mas a maioria realmente apresenta um pouco de queda do estado geral, principalmente os mais idosos
— completou.
Além das dores, a quimioterapia pode
acarretar náuseas, sensação de formigamento no corpo, anemia, vômitos, queda de cabelo, diarreia e a diminuição da imunidade celular, uma vez que os medicamentos agem nas células doentes e nas normais.
A redução no sistema de defesa torna o paciente mais propenso a quadros de infecção, de acordo com a coordenadora.
Dilma está internada no Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, centro de São Paulo, desde a madrugada de hoje. Ela está recebendo analgésicos para combater as fortes dores sentidas nas pernas.
Procurada, a assessoria de imprensa do hospital informou que os médicos responsáveis pelo tratamento da ministra não estão concedendo entrevistas.