| 18/05/2009 15h37min
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou que a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na Petrobras seja uma retaliação às recentes demissões de indicados políticos na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), vinculada ao seu ministério. De acordo com Jobim, a aprovação da CPI no Senado representa uma antecipação dos debates em função das eleições presidenciais de 2010.
— Não vejo nenhuma ligação com isso. Isso aí é briga política, chama-se 2010 — afirmou, garantindo que as demissões na Infraero vão continuar semanalmente. Foram demitidas 28 pessoas e ainda haverá um conjunto de demissões semanais. Segundo Jobim, que participou da Conferência de Comandantes do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro, as últimas serão na área da engenharia.
Jobim admitiu que, por conta disso, terá problemas individuais superáveis com alguns membros do PMDB, mas negou que tenha conflito
institucional com o
partido.
— Posso ter problema com um ou outro, mas é superável. Em política, o dia de ontem é muito antigo. Com essa antecipação do processo eleitoral, vai haver uma enormidade de retaliações, que serão naturais e terão que ser vistas com naturalidade, considerando a eleição de 2010 — destacou.
Nelson Jobim descartou, ainda, a possibilidade de ser candidato à sucessão presidencial no ano que vem.
— Fiquem certos que eu estou fora disso, eu não tenho nada a ver com isso — afirmou.