| 18/05/2009 10h21min
O frigorífico JBS nega estar negociando novas aquisições, mas não descarta comprar ativos de concorrentes que enfrentam problemas no Brasil. Depois de registrar prejuízo no primeiro trimestre, a companhia espera tempos melhores para o resto do ano. A estratégia é ampliar o volume de abates e aumentar a eficiência na distribuição dos produtos. Os diretores dizem também que o acordo entre a Sadia e a Perdigão pouco interfere nos negócios da gigante da carne bovina, já que têm negócios mais voltados para carne suína e de frango.
– Acreditamos na possibilidade de ampliar além da nossa capacidade atual, mas isso é uma etapa distante, que ainda é difícil analisar de uma maneira mais pormenorizada hoje – disse o diretor de relações com investidores da JBS, Jeremiah Ocalaghan.
Enquanto espera o momento certo para aquisições, a empresa pretende reforçar as unidades já instaladas. Depois de expandir a produção pelo mundo, a JBS planeja aumentar a eficiência na distribuição dos produtos. Segundo Ocalaghan, a estratégia é ter estruturas mais adequadas às características dos diferentes mercados:
– Tem de haver uma preocupação em nós chegarmos o mais perto possível do consumidor final. Vamos estudar país por país. A idéia é maximizarmos a nossa penetração nesses mercados para chegarmos o mais perto possível daqueles consumidores que já são consumidores hoje, mas está havendo um incremento de custo para alcançar esse consumidor.
A JBS planeja também aumentar os abates no Brasil. A ideia é passar de 15 mil para 25 mil cabeças diárias até o fim do ano, o que representaria 25% do volume abatido no país. Os executivos do frigorífico esperam melhor oferta de matéria-prima para o segundo e o terceiro trimestre.