| 05/05/2009 12h14min
A produção industrial demonstrou uma recuperação tímida, de 0,7%, de fevereiro para março, após um período de queda acentuada nos meses de novembro (7,1%) e dezembro (12,7%) de 2008. A avaliação é do coordenador de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Silvio Sales. Essa foi a terceira alta consecutiva desde janeiro.
– Os índices mostram que desde o início do ano a indústria vem, mês a mês, reagindo. Mas esse movimento tem sido ainda muito moderado. Quando comparado o primeiro trimestre deste ano contra o primeiro trimestre do ano anterior, a redução de 14,7% só tem paralelo com o início dos anos 90. A recuperação é importante, mas suave, a ponto dos indicadores de comparação de 2008 com 2009 continuarem com taxas negativas – afirmou.
A taxa de março ante a do mesmo mês do ano anterior foi negativa em 10%.
A recuperação da indústria é gradual e mais intensa entre os segmentos mais atingidos
anteriormente, com destaque para veículos, entre
os bens de consumo duráveis. De dezembro a março, a produção de automóveis acumula variação positiva de 56%, para a média da indústria de 4,8%. Em seguida, apresentaram as melhores taxas positivas, nesta base de comparação, material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (28%) e mobiliário (18,8%).
– O movimento de recuperação está calcado nas vendas internas de veículos. Há também outros segmentos de duráveis que reagem, motivados pelo comportamento do mercado interno, já que as exportações continuam em queda – afirmou Sales, para quem as medidas de governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foi determinante para a reação da indústria.