| 29/04/2009 09h11min
Enquanto as atenções do Brasil-Pe estão voltadas para o início da Série C do Brasileirão, o presidente Helder Lopes recebeu efeito suspensivo da punição de 150 dias de suspensão das atividades do clube por conta de confusão em um jogo contra a Ulbra, pelo Campeonato Gaúcho. O dirigente havia sido denunciado por invasão de campo e tentativa de agressão (artigos 274 e 157 II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva).
No dia 6 de abril ocorreu o julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Lopes foi condenado a se afastar, por 150 dias, da função de presidente do Brasil-Pe. Um dia após o julgamento, o departamento jurídico do clibe entrou com um recurso pedindo o efeito suspensivo da punição. Na última segunda, dia 27, o advogado que está cuidando do caso foi informado de que o recurso havia sido aceito.
Na condição de presidente, Helder Lopes detém foro privilegiado e, por isso, o recurso cabível será analisado diretamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, o que deve ocorrer dentro de dois meses. Até que um novo julgamento aconteça, o dirigente pode seguir na função. A expectativa é de que no Rio a punição seja reduzida.
– Nós acreditamos que no julgamento do STJD a pena não deve ultrapassar 30 dias de suspensão – declarou André Branco de Araújo, vice-presidente do jurídico.
Partida tumultuada
O jogo foi no dia 19 de fevereiro, válido pela primeira fase do Gauchão. A Ulbra venceu o Brasil-Pe por 5 a 2. Depois de marcar o quinto gol, o atacante Rogério Pereira foi comemorar próximo à torcida rubro-negra. O jogador fez gestos ofensivos e, na visão dos atletas xavantes, ele teria imitado o ídolo Cláudio Milar, morto no trágico acidente de ônibus do início do ano.
Depois da comemoração, os jogadores do Brasil foram tirar satisfação com o atleta rival e uma grande confusão se formou dentro do campo, envolvendo, inclusive, o presidente Helder Lopes.